Anderson despenca para terceiro no ranking peso por peso; Jon Jones é o novo líder

O posto de lutador mais perfeito entre todos pode parecer um tanto subjetivo em muitos sentidos, mas é reservado para poucos.

Desde que começou a saga pelo UFC, Anderson Silva ocupa o primeiro lugar em praticamente todas as listas de publicações ou sites especializados. A colocação se manteve intacta com a criação do ranking oficial do Ultimate, no começo do ano.

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Mas bastou a derrota por nocaute para Chris Weidman, e a consequente perda do cinturão dos médios após seis anos e nove meses, para o brasileiro despencar duas posições na lista.

O nome do Spider agora vem atrás do norte-americano Jon Jones, campeão meio-pesado invicto há nove lutas pela organização, e do canadense Georges St.Pierre (20 combates na marca, apenas duas derrotas), campeão dos meio-médios desde 2007, e que subiu de terceiro para segundo.

Abaixo de Anderson, os brasileiros melhores colocados são o campeão peso pena José Aldo Júnior, que aparece logo abaixo de Anderson, em quarto, e Renan Barão (campeão interino dos galos), que é o nono. Chris Weidman, o novo detentor do cinturão peso médio que desbancou o Spider, aparece pela primeira vez no ranking, em décimo.

Em coletiva de aquecimento para a próxima defesa de título, contra o sueco Alexander Gustafsson, no UFC 165 (21 de setembro), Jon Jones disse ainda não ser merecedor do posto como melhor entre os melhores.

“Não em sinto bem em ter subido no ranking apenas porque Anderson Silva perdeu. Não acho que mereço estar no topo da lista. Ainda tenho pontos a provar para que isso realmente seja sensato”.

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Tá bom, tá bom. A overdose de posts sobre Anderson Silva e o UFC 162 têm dominado nosso espaço por aqui. Mas sempre que o Spider tem luta próxima, a organização produz ou libera material interessante sobre o supercampeão dos médios.

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Vamos então com dois vídeos. O primeiro traz um pouco de um treino estilo ‘volta às raízes’, com o mestre Rafael Cordeiro, na renomada Kings MMA, Estados Unidos.

O segundo vídeo traz o antológico combate contra Vitor Belfort, na edição 126, quando Anderson descolou sonoro nocaute com um chute frontal certeiro no queixo e fez história, em imagem que se tornou referência no universo do Ultimate (a luta começa na marca dos 12:23).

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Anderson

Anderson

Novos passos ou velhos truques para um velho/novo lutador, tradicionalmente adepto de ‘jogos mentais?’

O simples fato de afirmar que não se acharia apto a vencer Jon Jones caso a utópica superluta entre ambos acontecesse prova um ponto importante para Anderson Silva: o de que aprendeu a jogar conforme o jogo.

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Bastou tocar no assunto para causar burburinho mais que suficiente para gerar assunto, reativar boatos e reaquecer rumores, a ponto desligar momentaneamente a ‘panela de pressão’ do combate de sábado (6), contra Chris Weidman, tornando-o algo secundário.

Claro, o fato de um cara que não perde há nove anos afirmar que não pode ganhar, por si só, é fato mais que inusitado.

Durante um bom tempo, o Spider foi avesso à mídia e à repetição de respostas que qualquer atleta tem de se submeter. Mostrava-se lacônico e pouco interessado em participar de todo ‘circo’ da promoção de combates.

Com o boom recente do UFC no Brasil e a reputação como astro atestada, Anderson passou por grande metamorfose, induzida por agências e empresas especializadas em imagem. Finalmente, administra a carreira com muito mais astúcia e diplomacia.

Mais uma prova disso foi dada nos últimos dias. Pela primeira vez, passou a tratar a mídia do Tio Sam falando em alto e bom inglês. Assim, ganhou em personalidade e acabou com todas as distorções e desconfortos que as traduções simultâneas (nem sempre bem intencionadas) de seus agentes já causaram no passado.

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Deter um cinturão do UFC há mais de sete anos é raridade pura. Aos 38 anos, o brasileiro  desde 2006 agrega vitórias acachapantes nos médios ao seu legado com propriedade. Mas próximo do fim davida útil como lutador, isso já soa como bater na mesma tecla. É preciso sempre um algo a mais, aquela exigência constante que todo astro tem de carregar nos ombros.

Jones, um espécime físico incontestável de grande habilidade de luta é o nome a ser batido, e configura o quebra-cabeça mais cascudo que Anderson pode encarar. O resto tem se tornado pura conversa fiada.